O meu primeiro vôo iria de São Paulo direto para Toronto, aproximadamente 11 horas.
Após o jantar, bateu um soninho muito do bom e ainda era 21h30m. Resolvi olhar o cardápio de filmes que ofertava desde The Curious Case of Benjamin Button, Revolutionary Road, Yes Man, Valkyrie, Frost Nixon, Marley and Me, Gran Torino até Reader, filmes de Hollywood muito bons. Sem contar uma lista de filmes canadenses, franceses, clássicos, contemporâneos, documentários e shows.
Acontece que era tudo em inglês ou francês... sem legenda.
Nem o comandante falava português, todas as recomendações eram dadas em inglês e depois em francês. Bem, decididamente filme não era o meu programa. Resolvi assistir um show da Sarah Brightman e não vi quando o show havia acabado, pois desmaiei de tanto sono. A viagem foi uma sucessão de sonos picados. Exceto por uma forte turbulência quando estávamos sobre o Amazonas. Senti como se estivesse numa montanha russa do Hopi Hari. Uma sensação ruim mesmo.
Ao meu lado tinha vários brasileiros, todos indo para estudar inglês. Muitos e muitos, a maioria para ficar um ou dois meses, e indo para Vancouver.
Ao buscar as malas para fazer o cheking de transferência eu necessitava de um carrinho, 4 malas pesam. Mas o carrinho era pago, por dois dólares você retirava um da fila.
Uma luta para conseguir um, já que a máquina do carrinho só aceitava notas de no máximo dez dólares canadenses.
O jeito foi tentar passar um cartão, o VTM e nada, resolvi passar um cartão de credito internacional brasileiro, nada. Enquanto isso a fila crescia atrás de mim com pessoas apressadas e estranhas.
Sem nenhuma instrução na máquina, me apareceu uma boa alma (brasileira) que morava em Toronto e estava de férias no Brasil e passou seu cartão de credito para mim e não me cobrou nada.
Sim mas o carrinho foi só para andar 300 metros, pois logo tinha de despachar as malas com uns homens muito mal humorados, que mais pareciam parentes do Bin Laden que qualquer outra coisa. Mas eu não poderia nunca levar 3 malas de rodinha e uma mochila sem o bendito carrinho.
Após toda essa andança, o aeroporto é muito grande, hora de passar na policia federal de lá. Ah sim me esqueci de falar, tem de tirar o notebook da mochila.
Do outro lado da esteira me aguardava um rapaz muito simpático, provavelmente lá do oriente médio também, que pediu para abrir a minha mala de mão. E ele com uma luva de plástico e uma pinça com um paninho branco pequenino na ponta com algum liquido passou dentro da mala e levou o paninho para analise ali mesmo na esteira.
Bem, depois ele esvaziou a minha mala retirou três itens e me disse algo como: é proibido levar essas coisas, tem muito liquido. Ah não era nada demais, somente meu protetor solar novinho em folha, um sabonete liquido da Natura que eu estava levando para a minha Hostmother e minha garrafa de água. Eu só gelei mesmo quando ele abriu uma nécessaire e retirou o meu Giorgio Beverly Hills de 300 ml e quase ia separando para também confiscar, quando, suponho eu, ele viu que era americano. Simplesmente um perfume caríssimo, e o único que eu levava também.
Bem, após essa maratona no aeroporto eu estava esgotada, porém feliz.O meu próximo vôo para Vancouver seria logo em seguida dentre tres horas, e mais 6 horas eu estaria em casa.Acontece que nem sempre devemos ser a boa cidadã que faz tudo certinho.
Todos os vôos da Air Canadá têm uma tela de LCD na sua frente, linda, cheia de coisas para fazer, o ideal seria um fone de ouvido para ouvir tudo.
E como eu senti frio nesse vôo. E ao aterrissar uma dor de ouvido espetacular. Bem que eu havia ouvido a comissária oferecer chiclete a dois dólares pouco antes.Well, depois tudo deu certo graças a Deus, mal eu pisei no aeroporto eu vi uma placa com o meu nome em letras garrafais.
Não me arrependi em nenhum momento pelos 100 dólares do transfer que eu havia pagado.
Ah cansei de tanto sapecar!!!
AFFF, que maratona!! hehehe
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