domingo, 21 de junho de 2009

AuBar

Tem coisas que realmente temos de fazer, ou então iremos nos arrepender eternamente.
Eu fiz um desses esforços e fui conhecer uma casa noturna em Vancouver. Hehehehe.
Fui ao AuBar. Eu e meus amigos árabes. Jacob e Fahin.Que chegando lá tinha uma fila enorme... Mas meu amigo conhecia alguém lá, pois disse alguma coisa para o segurança e passamos na frente da galera na fila.
A organização é impecável nesses lugares. Acho que é isso que diferencia os clubes daqui do Brasil.
Cortar a fila não é cortar a segurança. Depois de abrir a bolsa, ser revistada, passar no detector de metais, entregar meu passaporte, fazer cadastro, deixar o fone de casa, tirar uma foto, pagar 16 dólares e carimbar o braço, eu finalmente entrei.
Lá dentro era um clube normal, música boa, DJ bom, bebida boa.
Fiquei um pouco chocada com as mulheres que freqüentam o local. Eu estava com muita roupa perto delas.
Muitas mulheres, bonitas até, dançavam com um micro vestido branco em cima de um balcão. E não eram funcionárias da casa.
Depois descobri que são mulheres da noite.
Lá dentro só aceitava dinheiro. Se você é daqueles que só anda com cartão de crédito (assim como eu), sem problemas, tem um caixa eletrônico dentro do bar.
Aqui os bares, em geral, fecham às 3 da manhã. E não existe ninguém bêbado lá dentro, os seguranças botam para fora alguém esquisito ou suspeito.
Quando você mal acaba de beber seu drink, aparece alguém do nada para recolher o copo. Muita eficiência.
No banheiro tem uma mulher que oferece borrifadas de perfume, balas e pirulitos, tudo pago é claro. E você ainda pode escolher qual perfume quer usar, já que a pia é lotada de perfume de marca, originais claro. Se essa moda pega no Brasil...
Depois de vários drinks coloridos, eu voltei para a casa mais alegre.
Boas sapecadas!

UP

Sexta a noite eu fui ao cinema assistir o filme UP em 3D.
Sorry, mas esse filme só vai chegar ao Brasil em setembro, vou adiantar um bocadinho dele aqui para vocês.
Apesar de ser um filme infantil, há muito não via um filme que fosse tão inspirador e educativo, não somente para as crianças.
Em UP você pode ver os valores familiares de uma forma encantadora. E como os presentes ofertados por Deus são valiosos, mesmo quando não entendemos.
Por fim, eu recomendo para vocês o filme UP, que fala de amor, família e respeito de uma forma incrível.
A animação é muito bacana, no filme você encontra muitas cores em formato de balões representando a felicidade. Os balões levam a felicidade ou são símbolos da felicidade? No filme tudo se confunde e até envelhecer é uma atitude saudável.
Quando setembro chegar, assista UP!!!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Solidão

“A solidão é fera, a solidão devora. É amiga das horas prima irmã do tempo...”.
Acho que chegou o momento que eu tanto temia, o da solidão.
Estou me sentindo completamente sozinha aqui.
É uma sensação estranha de felicidade e solidão.
Não é saudade, pois não quero voltar. Mas é o estar em meio a multidão e ao mesmo tempo não ter ninguém.
Deixo aqui uma foto minha e da cachorrinha da casa. Seu nome é Cute (pronuncia-se Quiute).
Aqui eu e ela no Best Buy de Vancouver.

A solidão dos astros;

A solidão da lua;

A solidão da noite;

A solidão da rua.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Mudança

Há muitos dias estou para escrever sobre a minha mudança.
Vou fazer primeiro uma avaliação de como é morar com uma família canadense.
No mês de maio eu morei com uma família canadense, na qual, penso eu, não tive tanta sorte. Mas também não posso reclamar, pois o meu inglês era horrível quando cheguei aqui.
A minha ex-família era composta de uma mãe e dois filhos adolescentes (um rapaz de 15 anos e uma menina de 12).
A casa em si era muito confortável, já que era de classe média. Mas, acredito eu, a família não estava preparada para receber estudantes.
Eles tinham sua própria rotina, e eu não me sentia inserida nessa rotina, logo eu me sentia uma estranha.
Minha família assistia muita TV, mas nunca me convidava para assistir junto com eles, ou nunca me convidaram para fazer qualquer atividade em família juntos, até as refeições eram em frente a TV.
Eu era a única estudante estrangeira da casa, apesar de ter outro quarto livre, acho que isso dificultou vários diálogos também, já que o meu inglês me limitava muito para conversar.
Pois bem, decidi mudar um dia antes de acabar o meu contrato. Graças a Deus.
Nunca fui tão bem recebida em uma casa. Parecia que eu tinha voltado para casa, no Brasil. Sinceramente.
Quando cheguei aqui ninguém me esperava, pois eu mudaria no sábado e não um dia antes. Mesmo assim foi muito bom.
A minha nova casa é grande, atualmente moram 10 pessoas aqui e a cachorrinha. Além do vizinho de baixo, 11 no total.
A dona da casa é a Shanna, que é filipina. Seu esposo Wise é do Egito, além de duas filhas gêmeas canadenses, e a mãe dela que também é filipina.
O vizinho de baixo é australiano. Os outros estudantes são dois mexicanos, uma mexicana e um canadense de Quebec.
Mas é maravilhoso estar em casa. Nunca mais tive tempo livre!
A casa é simples.
Posso dizer que apesar de ter tanta gente em casa, e pessoas tão diferentes, aqui tudo funciona, todos trabalham ou estudam. Cada um cuida de si e de todos.
Aqui em casa a língua oficial é o inglês.
O jantar é sempre com todo mundo na mesa falando muita besteira.
Se alguém vai assistir a um filme, chama todos para verem juntos. Se compram uma pizza, oferecem para todos.
Aqui todas as atividades são compartilhadas, desde dar banho na cachorra, olhar a churrasqueira, chamar as crianças para o banho, lavar a louça, até fazer piquenique na praia, ou no parque em plena segunda-feira à noite. Às vezes uma Tequila também é bom de segunda à noite. Atender telefone e anotar recado é o mais difícil, mas todo mundo faz também, até eu.
Cada um lava sua roupa.
Geralmente cada um faz sua comida.
Aqui vai uma foto, para quem disse que eu não sei cozinhar. Mas a noite é um horário de trânsito na cozinha. Todos cozinhando juntos para todo mundo.
Se eu faço compras no supermercado, coloco meu nome e fico a procurar espaço dentro e em cima da geladeira (imaginem dez pessoas colocando coisas na geladeira), ou então nos armários, ou no freezer. Uma loucura. Tem de estar muito preparado para abrir sua casa dessa forma.
Muito bom, estou gostando muito daqui.
E apesar de toda manhã quando as crianças vão para a escola, elas ficarem brigando até eu acordar, ou a cachorra ficar latindo por nada, aqui é tudo de bom. Uma casa normal.
E por aqui eu vou ficando com as minhas sapequisses.

Escola

De repente descobri que eu não estou em férias aqui em Vancouver.
As aulas estão cada vez mais intensas. Eu tenho homework todos os dias, e duas apresentações por semana.
Antes eu tinha apresentações de 2 ou 3 minutos, mas hoje apresentei 15 minutos em inglês sobre a França, amanhã será sobre alguém famoso que já morreu, além das oito páginas de exercícios, em média, que eu tenho de estudar por dia.
É preciso ter muita força de vontade para realizar os seus objetivos. Essa força é como uma bateria que você coloca num laptop, por exemplo. Uma hora acaba, se você não colocar mais força.
As aulas estão uma chatisse, pelo menos eu estou sentindo assim.
Parece que eu estacionei aqui, não vou para frente ou para trás.
Comecei a ler um livro em inglês domingo passado, leio um capitulo toda noite. Mas me falta coragem de ver no dicionário palavras que não sei.
Acho que estou precisando de férias!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Preguiça

Estou com muita preguiça esses dias!
Semana de mudança, sempre assim. Essa semana foi uma semana complicada.
Eu fui gastar logo na segunda-feira, que ninguém é de ferro. Comprei meu tão sonhado iPod Touch, já que eu deixei o meu no Brasil. Não vivo sem música.
Comprei um celular. Eu estava enlouquecendo sem celular, o único problema é ligar para alguém em inglês, mas tudo bem, pelo menos eu tenho celular agora.
Comprei uma câmera nova, pois a que eu tinha era muito ruim, depois eu vi que eu comprei da mesma marca...
As aulas têm ficado cada vez mais intensas, tive duas apresentações em inglês nas quais eu não pude ler nada, somente apresentar algo e esperar por perguntas depois.
Uma delas eu botei tudo que eu queria falar no translator e só dei uma arrumadinha. Não façam isso em casa, não é legal.
Além disso, tive de escrever uma review sobre um livro.
Quarta eu almocei num restaurante brasileiro, tipo rodízio de carne. Estava bom até, mas não muito bom. Gostei do guaraná Antártica. E depois na quinta eu conheci o Harbour Centre, um elevador que leva você até o topo de um prédio que de lá tem um observatório 360º, dá para ver Vancouver. Eu antecipei a minha mudança em um dia, faltei na aula e mudei logo na sexta-feira dia 05 de junho.
A minha nova família é maravilhosa.
Estou bem melhor agora.
Nice to see you!

domingo, 7 de junho de 2009

Praia

Quem me dera encontrar aqui praias tão lindas quanto no Brasil.
É claro que não podemos comparar, pois cada lugar é único. Mas para mim praia é poder andar na areia molhando o pé, chutando a água. Deitar para tomar sol até torrar, etc.
Nada disso eu consegui fazer nas praias de Vancouver.
Vancouver tem algumas praias minúsculas, umas quatro. A mais famosa é English Bay e a Kitslano Beach, ficam no centro de Vancouver, já que o centro é cercado por água.
Impossível entrar na água, não que eu seja preconceituosa, mas a água é escura e absurdamente gelada. Parece imunda.
A primeira vista, não entendi porque na praia tinha vários troncos de árvore, colocados de forma organizada. Agora sei que é para você deitar atrás dele, pois o vento é cortante, se você deitar atrás do tronco pegará só o sol e quebrará o vento.
Uma coisa boa é que antes de chegar à areia tem muitas árvores e um gramado grande, as pessoas deitam embaixo de uma árvore para piquenique ou em qualquer canto do gramado para relaxar, se não quiser se sujar de areia.
Tem Starbucks na praia, assim você pode tomar café lá. Banheiros também, e ninguém vendendo comida de um lado para o outro, tem restaurantes próximos.
Eu fui a praia com a Mizue e a Sato, e embaixo da minha roupa eu estava de biquíni, mas eu tirei só por algumas horas. As meninas não tiraram nem a blusa, quem dirá ir de biquíni a praia.
O vento que vinha do mar era intenso e apesar do sol eu tremia de frio usando somente biquíni.
Mesmo assim eu me queimei. Comprei um protetor em spray aqui, mas não adiantou.
Algumas pessoas levavam tipo um edredon fininho, porque estava realmente frio.
Gostoso, apesar de tudo, praia é sempre praia.
Quando eu fui à Kitslano Beach eu não pude esperar o sol se por, pois tinha hora para chegar em casa. Já na English Bay eu pude esperar o por do sol lá pelas 9:30 da noite, um espetáculo. Tinha vários fotógrafos com suas super câmeras e tripés esperando o por do sol. Eu pude sentar no gramado e observar bem tranqüila o dia indo embora.
Ah, isso sim é sapecar!