quinta-feira, 19 de março de 2009

Sonhos descobertos

O que seria do ser humano se não pudesse sonhar? Bem, se sonhar pagasse impostos eu estaria endividada até mais nunca.
E quem, também, nunca teve o seu caderninho de sonhos que atire a primeira folha. Eu o tenho até hoje, meu caderninho de cabeceira, para o caso de me escapar algum em uma dessas noites ensonadas.
O que seria ideal e perfeito é se você, algum dia, pudesse contar à sua geração que realizou a maior parte, se não todos deles. E que esses mesmos sonhos transformaram-se em histórias, porque não inspiradoras, relatados incansavelmente a cada dia percorrido rumo a realização de mais algum.
Pois bem, verificando em meu caderninho, constatei que ainda havia muitos sonhos na fila. Seria bom enumerá-los? Botar por ordem de importância? Ou ordem de custo/benefício? Ah meu Deus, ou deixar ao acaso? Muitas dúvidas para uma adolescente (eu era adolescente com 19 anos, está bom?).
Quem pensou que eu iria botar tudo por ordem de alguma coisa, enganou-se. Eu quis abraçar o mundo! Aliás, dona do próprio destino eu pus-me a trabalhar para realizar todos... e ao mesmo tempo!
Eu queria gozar da plena liberdade morando com os avôs. Eu quis aprender matemática! Fazer curso de literatura! Entrar na USP! Muita presunção.
Pois bem, eu queria mais, quando entrei na faculdade (e não foi na USP) quis ser cantora de coral, pianista de orquestra, bailarina, atriz de musical e, claro, estudar línguas, no meu caso: italiano e inglês.
Sim, como se não fosse o suficiente, aliás, sobrava um ‘cadinho’ de tempo na minha agenda, eu queria namorar e participar de todo o universo acadêmico. Quem sabe montar um grupo de organização de eventos, claro sem cobrar nada, participar de tudo que é congresso na área de comunicação, claro pagando do meu bolso.
Viajar Brasil adentro, conhecer a Itália.
Meu Deus, eu queria conhecer até o Eugênio Bucci!
E somado a tudo isso ser assalariada, trabalhar ‘por mó di pagá’ todos os sonhos que por ventura viesse me ocorrer.
Mãinha é sonho demais! Ou seria vontade de, sei lá, ser alguém?
Se me perguntassem e, por acaso eu viesse a responder sinceramente, eu diria que não sei, eu só sabia que eu queria, queria tudo.
Ah, e ainda vai me dizer que não percebeu que eu sapecava desde há muito antes! Venha, vamos sapecar também?

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